sábado, 28 de fevereiro de 2009

Métodos de ensino e as reações à eles

Olá,
Andando pelos blogs eu encontrei uma reportagem no blog mais matemática sobre o algoritmo da divisão. Mais interessante que a observação acerca da divisão é o comentário sobre a questão dos pais dos alunos que ,muitas vezes, por não entenderem o fato de os seus filhos não estarem resolvendo a divisão pela forma tradicional. talvez até mais que a própria questão da divisão. E isso não se dá somente com pais. Alunos adolescentes e adultos muitas vezes não entendem o porquê da utilização de um determinado método de ensino e julgam o professor como um professor ruim, incompetente e enrolão.

Eu lembrei imediatamente de um comentário do Carl Rogers (pai da psicologia humanista) sobre as aulas que ele dava. Ele sempre entregava para os alunos o que chamava de folhas de reação, onde os alunos escreviam aquilo que eles estavam achando das aulas e dos métodos empregados nela e ele recebeu em uma mesma semana dois comentários. Eram eles:

1 - "Sinto uma repulsa indefinível pelo ambiente da aula".
2 - "O método empregado nas aulas parece-me melhor, o mais fecundo e científico. Mas para pessoas como nós que suportamos há muito, muito tempo, o estilo magistral, o método autoritário, esse novo processo é incompreensível. Pessoas como nós, estamos acostumados a ouvir o professor, tomar notas passivamente e decorar a bibliografia indicada para o exame. Não é preciso dizer que é preciso muito tempo para nos desembaraçarmos dos nossos hábitos, mesmo se são infecundos e estéreis"

Lembro bem quando ouvi uma colega falar de um determinado professor, dizendo que a aula do mesmo era muito boa e ele sabia muito.
Quando assisti à uma aula dele, vi que sua aula não tinha nada demais, simplesmente ele passava o conteúdo pelo metodo tradicional.
Mas o que isso tudo tem a ver com o origami e/ou a matemática???
Pois é... ao utilizarmos um jogo, um material ou até mesmo o origami em sala de aula pra ensinar um conteúdo de matemática pode acontecer de um pai, um orientador educacional ou até mesmo o estudante ache que não estamos querendo fazer nosso trabalho de ensinar. Por esse motivo eu, toda vez que falo para professores, sugiro que eles façam um planejamento da aula e tenham ele em mãos na hora que alguém resolva vir questionar sobre seu método. Em breve eu faço um exemplo de planejamento para vocês ok???
Ahh.. pra não falar que não coloquei nenhum origami estou deixando pra vcs um floral globe modificado tá??

abraços

Um comentário:

Olenêva disse...

Pois é, Daniel!
Se não unirmos forças e nos fundamentarmos bem teoricamente, fica bem difífil vislumbrarmos outros e novos horizontes para a docência em Matemática, e ela continuará como um show incompreensível de atores envaidecidos com suas próprias demonstrações e abstrações.